A passagem do tempo e a imprevisibilidade do fim provocam inquietações no ser humano desde os primórdios de sua existência. A dificuldade de lidar com a finitude da vida sempre esteve presente na história da humanidade. A certeza da morte gera incalculáveis incertezas, anseios e medos sobre a vida. Porém, ainda que esta pauta seja constante, a forma com que se percebe o tempo e, conseqüentemente, o viver e o partir, está em eterna mutação, juntamente com a evolução da sociedade.












A idéia impulsora do presente projeto é trazer, em linguagem teatral, a discussão dessas questões dentro de uma situação cotidiana. Estabelecer um diálogo com os Questionamentos da sociedade contemporânea a partir de diferentes perspectivas, representadas pelas personagens Viola (avó) e Melissa (neta).

Escolher duas personagens com idades tão distintas permite não apenas um embate de diferentes compreensões de mundo, mas também trazer a tona um tema pouco tratado – da inexistência de idade para falecer, nem para recomeçar. Uma terá de partir, a outra ainda tem tanto a viver. Mas a vida, assim como a morte, não é óbvia, nem segue os caminhos que imaginamos.

A peça será, destarte, ponto de partida para uma compreensão mais humana da velhice e menos displicente da juventude. A possibilidade de conciliar-se com a fragilidade da existência, na confiança de que somos – todos e somente – humanos.



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